Em movimento inovador, as duas instituições fizeram as primeiras transferências usando o Drex, nova moeda digital nacional feita pelo Banco Central.
Antonio Oliveira Publicado em 29/07/2024, às 20h00
A Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco do Brasil (BB) divulgaram um comunicado importante que promete revolucionar a maneira como os brasileiros fazem suas transações financeiras. Em um movimento inovador, as duas instituições fizeram as primeiras transferências usando o Drex, nova moeda digital nacional desenvolvida pelo Banco Central.
Essa ação tem como objetivo modernizar o sistema financeiro do país, oferenco mais agilidade e segurança nas transações.
O Drex representa uma nova era no sistema financeiro do Brasil. Trata-se de uma versão digital do Real, emitida e regulada pelo Banco Central, que permitirá transações financeiras como compras, pagamentos e recebimentos de maneira totalmente virtual.
A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, destacou que o Drex é um passo importante em direção a um sistema financeiro mais eficiente, melhorando serviços bancários com a adoção da tecnologia blockchain e tokenização.
A Caixa Econômica Federal também demonstrou empolgação com os resultados positivos das primeiras transações e está ansiosa para explorar ainda mais o potencial das moedas digitais e das transações ágeis.
De acordo com Maria Rita Serrano, ex-presidente da Caixa, a expectativa é que a chegada do Drex melhore e barateie os serviços financeiros, tornando possível, por exemplo, a realização de financiamentos imobiliários em questão de horas.
A introdução do Drex trará impactos importantes tanto para empresas quanto para consumidores. Para as empresas, essa nova tecnologia deverá estimular a criação de novos modelos de negócios e serviços, aproveitando as vantagens tecnológicas do ambiente digital.
No caso de pessoas físicas, o Drex permitirá o acesso a novos serviços financeiros, que estão em desenvolvimento, como contas digitais, aplicativos e plataformas de pagamento.
Um dos grandes diferenciais do Drex em relação ao Pix, por exemplo, é que, enquanto o Pix é um meio de pagamento, o Drex será a própria moeda de maneira digital. Isso quer dizer que 1 Drex será o equivalente a 1 Real, facilitando a transição para o ambiente digital, sem a necessidade de conversões complexas.
Além disso, a moeda digital poderá ser transferida por meio do Pix, mantendo a praticidade que os brasileiros já conhecem.
A Caixa e o BB estão trabalhando em projetos para viabilizar soluções de pagamentos offline, possibilitando que transações financeiras possam ser feitas até mesmo em regiões sem acesso à internet.
Essa ação é principalmente importante para locais remotos do país, em que a conectividade é limitada. Um exemplo prático citado pela Caixa é o recebimento de vouchers pelos beneficiários do Bolsa Família sem a necessidade de se deslocarem para áreas urbanas.
Em parceria com empresas tecnológicas, a Caixa e o Banco do Brasil estão desenvolvendo sistemas que permitirão pagamentos offline, garantindo que todos os brasileiros independentemente de onde estejam, possam usar as vantagens da moeda digital.
O Banco do Brasil, por exemplo, está colaborando com a empresa alemã Giesecke + Devrient (G+D), que já implementou soluções parecidas em outros países, como a moeda digital de banco central (CBDC) de Gana.
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