Cristina Costa Publicado em 26/09/2024, às 11h38
O Banco Central (BC) deu um passo significativo ao iniciar a segunda fase do projeto-piloto do Drex, também conhecido como Real Digital.
Esta etapa se concentra na implementação de serviços financeiros através de contratos inteligentes, que serão desenvolvidos e geridos por participantes da plataforma.
Esse movimento busca não apenas modernizar as transações financeiras, mas também testar inovações que possam facilitar a vida dos usuários.
Embora o lançamento oficial do Drex tenha sido adiado para o próximo ano, sem uma data específica divulgada, o BC prevê que os testes se estendam até o final do primeiro semestre de 2025.
"Vamos avaliar os diferentes casos de uso, sempre levando em conta os requerimentos de privacidade exigidos pela legislação em vigor", afirmou Fabio Araújo, coordenador da iniciativa. Este compromisso com a privacidade é fundamental para a confiança do público na nova moeda digital.
Recentemente, o BC divulgou uma lista de 13 temas que serão explorados nesta nova fase, selecionados a partir de 42 propostas recebidas pelo Comitê Executivo de Gestão.
Ademais, a diversidade dos temas permitirá uma avaliação abrangente de como o Drex poderá impactar o sistema financeiro e os usuários.
Para conferir todos os detalhes, basta acessar a plataforma do Banco Central.
Na prática, o Drex será um substituto digital das cédulas físicas já emitidas pelo BC, garantindo que os mesmos fundamentos econômicos permaneçam.
O uso da moeda digital abrangerá transações financeiras, transferências e pagamentos, com a custódia sendo feita pelo Banco Central.
Os usuários poderão trocar seus reais tradicionais pela nova moeda digital e vice-versa, embora o foco principal esteja nas transações eletrônicas.
É importante ressaltar que, ao contrário do real físico, os bancos não poderão emprestar os recursos da moeda digital a terceiros, mantendo a integridade das operações.
Além disso, não haverá remuneração, ou seja, os valores não sofrerão correção automática.
O BC assegura que haverá segurança jurídica, cibernética e de privacidade nas operações realizadas com o Drex.
Para adquirir a moeda digital, qualquer pessoa ou empresa precisará realizar a troca de reais convencionais, uma operação que não será diretamente conduzida pelo Banco Central.
Em vez disso, essa transação será intermediada por instituições financeiras autorizadas, como bancos, cooperativas ou fintechs. Para ter acesso ao Drex, os usuários precisarão de uma carteira virtual, custodiada por um agente autorizado.
Essa medida é uma forma de garantir que a moeda digital esteja sempre associada a um serviço financeiro, integrando-se ao ecossistema econômico de forma eficiente.
À medida que o projeto avança, o Drex promete transformar a forma como realizamos transações financeiras, oferecendo uma alternativa moderna e segura.
Com a segurança das operações e a proteção da privacidade como pilares fundamentais, a expectativa é que esta nova moeda digital não apenas atenda às necessidades atuais, mas também prepare o terreno para inovações futuras no mercado financeiro.
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