Empréstimo Pessoal

Margem negativa: é possível fazer empréstimo ou não?

O desconto das parcelas vem automaticamente na conta-corrente em que se recebe o salário ou diretamente em folha

Redação Publicado em 14/05/2024, às 12h35

Margem negativa: é possível fazer empréstimo ou não? - Canva

Em termos de empréstimo financeiro, muito se houve falar em margem consignável, margem negativa. No entanto, poucas pessoas entendem o que realmente é e como se dá todo o processo. Na necessidade de um dinheiro extra, recorrer a empréstimos em bancos e financeiras pode ser uma ótima opção. Na modalidade de crédito consignado, o pagamento é efetuado em parcelas mensais. 

O desconto dessas parcelas vem automaticamente na conta-corrente em que se recebe o salário ou diretamente em folha. No entanto, para ter esse empréstimo liberado, é necessário possuir uma margem consignável.  Dependendo da situação, se houver uma margem negativa, o procedimento pode ser comprometido. Abaixo seguem algumas definições, critérios e parâmetros que irão esclarecer um pouco mais a questão da margem consignável e negativa do consumidor.

O que é margem consignável

As parcelas do empréstimo que são descontadas mensalmente têm determinado um valor máximo que se pode comprometer do salário. Essa é a margem consignável, que gira em torno de 30% dos vencimentos do trabalhador.

Ao contrário do que muitos pensam, seu cálculo não é feito sobre o valor líquido, e sim, sobre o dito vencimento permanente. Este é o salário base, bonificações fixas, valores extras por titularidade.

Esse limite, chamado de margem consignável, foi determinado para garantir que não houvesse um comprometimento negativo no orçamento do trabalhador. Sendo que, em certos casos, a quantia mensal descontada poderia afetar os gastos essenciais do indivíduo.

Cálculo da margem consignável

O percentual limite da margem pode ser variável de instituição para instituição. Contudo, se uma pessoa quiser saber qual a sua margem, deverá multiplicar o valor do vencimento por 0,3. 

Um exemplo mais claro: suponhamos que o valor do salário seja de R$ 2.200,00. Esse valor deve ser multiplicado por 0,3 (2.200 x 0,3 = 660). O valor encontrado é exatamente a margem consignável, ou seja, o valor máximo da parcela que poderá ser descontada do empréstimo. 

Caso o valor da parcela seja superior a esse limite, se dá o que chamamos de margem negativa. Esse é o verdadeiro terror para quem realmente está necessitando do empréstimo.

Margem negativa: é possível fazer empréstimo ou não? - Canva

O que significa realmente a margem negativa

Na solicitação do empréstimo, quando se tem uma margem negativa, significa que sua capacidade de pagamento das parcelas está comprometida. Descontos regulamentados em lei, tal como pensão alimentícia e plano de saúde, podem acabar reduzindo a margem liberada.

Essa situação é ruim de diversas formas, pois dificulta o processo de empréstimo e traz uma série de outros problemas financeiros. Dentre estes, podemos citar a negação da portabilidade de dívidas, o cancelamento de certas operações financeiras, valor menor liberado em refinanciamentos.

Mas existem formas que possibilitam a liberação do empréstimo consignável mesmo com a margem negativa. Assim, pode-se driblar o “não” e transformá-lo em “sim” de maneira inteligente e bem sucedida. Confira.

Possibilidade de liberação do empréstimo consignável mesmo com a margem negativa

O primeiro passo nesses casos é buscar a estabilidade financeira antes de recorrer a um empréstimo, seja de que modalidade for. É importante prestar atenção nos gastos mensais e no quanto o desconto das parcelas poderá influenciar nas necessidades consideradas básicas.

Mas, se realmente houver a necessidade do dinheiro extra, sendo a margem negativa, há de se recorrer a duas opções. A solução está no refinanciamento e na portabilidade da dívida, que surgem como meio alternativo de sanar o problema. 

Vamos dar um exemplo de como acontece o cálculo do refinanciamento e da portabilidade da dívida. Assim, demonstraremos mais claramente como todo o processo pode acontecer efetivamente. 

O Sr. X, possui uma dívida no qual a prestação é de R$ 450,00 com a instituição financeira Y. Sua margem ficou negativa em R$50,00. No entanto, ele já tem metade do montante total do empréstimo quitado.

O saldo devedor do Sr. X é de R$ 5.000,00. Vamos supor que ele opte por refinanciar a parcela e, com isso, a instituição liberasse R$ 10.000,00. No entanto, o cliente ainda tem o saldo devedor de R$ 5.000,00. 

O cálculo a ser feito é o seguinte: R$ 10.000,00 – R$ 5.000,00 = R$ 5.000,00. Esse é o valor final que poderá ser liberado para o Sr. X. Isso aconteceria se ele não estivesse com a margem negativada.

Sem esquecer do valor de R$ 50,00, podemos calcular da seguinte maneira: R$ 450,00 (parcela da dívida) – R$ 50,00 (valor da margem negativa) = R$ 400,00 (valor total liberado para a parcela).

Com a nova parcela o valor liberado será de R$ 9.000,00. Contudo, ainda existe o saldo devedor de R$ 5.000,00. Portanto, o valor total liberado após o desconto da margem negativa é de R$ 4.000,00 (R$ 9.000,00 – R$ 5.000,00).

Dessa maneira, podemos dizer que é possível sim fazer um empréstimo consignado mesmo com a margem negativa. Lembrando que todos esses valores são fictícios e não condizem com a realidade das operações financeiras. Serve apenas como exemplo.

empréstimo consignadoFINANCIAMENTOCONSIGNADOEMPRÉSTIMO PESSOALMARGEM CONSIGNÁVEL

Leia também

Varejo nacional: Crescimento de 2,5% em outubro traz otimismo ao setor


A nova era da transformação digital da indústria 5.0 com o avanço tecnológico


Black Friday 2024: Monitoramento de Preços Mostra Aumento em Produtos Populares


Relatório de Emprego dos EUA: Análise do Economista-chefe Danilo Igliori sobre o Payroll de Outubro de 2024


Expectativa IPCA-15 de outubro: O que esperar da inflação? Segundo Warren Investimentos


Como ser um Corretor de Imóveis de Luxo no Brasil e fazer milhões em comissões com o Mercado Imobiliário