O termo "contrato de gaveta" refere-se a um documento informal que descreve as conversas que foram concluídas entre duas partes.
Muitas pessoas dizem que o Brasil tem muita burocracia e que coisas simples podem se tornar muito complicadas. Por exemplo, para comprar ou vender um imóvel são necessários vários documentos e assinaturas, especialmente para financiamentos.
Por isso, é comum que as pessoas façam tudo para facilitar o processo de fechar um negócio. Assim, as pessoas concluem o clássico contrato de gaveta.
Sem registro em cartório e sem financiamento, ele é usado para compras e vendas de imóveis. Então, é um documento escrito pelos interessados que se comprometem com a negociação antes de assinarem um contrato.
A seguir, você verá o que é um contrato de gaveta, como ele funciona, o motivo de ele não ser seguro e como se proteger caso já tenha assinado um termo desses.
O termo "contrato de gaveta" refere-se a um documento informal que descreve as conversas que foram concluídas entre duas partes. Ele é um tipo de contrato que é mais comumente usado quando se trata de compra e venda de imóveis, pois não é registrado em cartório e não há participação de instituições financeiras como bancos ou imobiliárias.
Também pode ser usado para outros propósitos comerciais e, ocasionalmente, pode ser preparado por um corretor ou advogado. No entanto, o status de informalidade do papel permanece inalterado.
A ideia de um contrato de gaveta é tornar as negociações mais fáceis para as duas partes. O objetivo é evitar procedimentos burocráticos como a aprovação do crédito ou financiamento para a compra de um imóvel. Ainda nesse exemplo, o imóvel permanece no nome do proprietário até que o comprador pague toda a dívida.
É por isso que o contrato de gaveta é chamado de "guardado na gaveta", pois não está registrado em cartório e pode permanecer "guardado na gaveta" até que a dívida seja paga.
O contrato de gaveta se torna ainda mais complicado nos casos em que um financiamento bancário é necessário. Isso se deve ao fato de que os vendedores negociam com o banco uma linha de crédito baseada no imóvel para receber o valor adiantado.
Os compradores pagam as parcelas do imóvel aos vendedores nessa situação, e os vendedores usam esse dinheiro para quitar o empréstimo junto ao banco.
Em outras palavras, a pessoa que vende acaba servindo como um intermediário entre o comprador e a instituição financeira.
Por outro lado, problemas graves, como o acúmulo de dívidas ou a perda do imóvel, podem surgir se alguma das partes descumprir o combinado.
O contrato de gaveta é um tipo de acordo não formalizado que pode ser registrado nos cartórios de registro de imóveis. No entanto, o artigo 108 do Código Civil estabelece esse requisito em relação a negócios jurídicos que envolvam a “constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a 30 vezes o maior salário mínimo vigente no país”.
O contrato de gaveta não tem validade legal, pois não é considerado um acordo oficial. O que significa isso? Ao lidar com contratos desse tipo, você deve ser cuidadoso, pois podem não ser legalmente válidos. Toda a negociação é baseada na confiança entre as duas partes, o que é bastante informal e traz riscos para todos os envolvidos.
Além disso, de acordo com a Lei 8.004/90, a instituição financeira deve participar do contrato ao comprar ou vender imóveis financiados.
Como você pode imaginar, uma instituição financeira só aceitará um contrato que tenha sido registrado em cartório e tenha seguido todas as formalidades necessárias.
Para regularizar um contrato de gaveta, basicamente ele deve ser escrito de forma aprofundada, incluindo informações sobre o método de pagamento, o valor das prestações e a maneira pela qual a titularidade do imóvel mudará, ou seja, quando a pessoa que vende o imóvel será transferida para a pessoa que compra.
Além disso, é necessário realizar o processo de transferência usando um documento público de compra e venda. Em seguida, é essencial documentar essa transação na matrícula do imóvel, um documento que fica no cartório e documenta a situação do bem ao longo do tempo.
É aconselhável que vendedores e compradores obtenham apoio jurídico especializado durante todos esses passos.
Sim. Se o plano do contrato de gaveta não dar certo, a Justiça pode ser chamada para resolver os conflitos entre as partes e até mesmo anular o contrato. No entanto, os vendedores e compradores precisarão contar com o apoio de um advogado nessas circunstâncias.
Assim, é importante pensar sobre se um contrato de gaveta é realmente a melhor opção. A primeira vista, pode parecer barato, mas no final, os envolvidos têm que pagar mais e pagar mais.