As mudanças buscam garantir que o BPC chegue a quem realmente precisa, evitando pagamentos indevidos e assegurando maior transparência.
Cristina Costa Publicado em 09/01/2025, às 18h03
O Benefício de Prestação Continuada (BPC), uma das principais políticas públicas de assistência social no Brasil, está prestes a passar por modificações significativas a partir de 2025.
Esse benefício, destinado a idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade, garante um salário mínimo mensal a quem não possui meios de prover sua própria subsistência.
As mudanças recém-implementadas visam melhorar a gestão do programa, combater fraudes e assegurar que o auxílio chegue de forma mais eficiente àqueles que realmente necessitam.
Entre as inovações, destacam-se a obrigatoriedade do cadastro biométrico e a revisão dos critérios de elegibilidade.
Com efeito, o governo federal tem como objetivo modernizar a administração do BPC, implementando medidas que tornam o processo mais transparente e seguro.
Uma das mudanças mais significativas é a exigência de um cadastro biométrico obrigatório para os beneficiários que desejam continuar recebendo o auxílio.
Além disso, o prazo de atualização do Cadastro Único (CadÚnico), que antes era de quatro anos, será reduzido para dois, o que permitirá um controle mais eficiente da situação dos beneficiários.
Essas alterações representam uma mudança importante na forma como o BPC é administrado e terão um impacto direto sobre milhões de brasileiros.
O propósito dessas modificações é garantir que os recursos do programa sejam destinados de maneira mais justa e eficaz, evitando fraudes e garantindo que o auxílio chegue às pessoas que realmente estão em situação de vulnerabilidade.
Uma das medidas mais impactantes do novo modelo do BPC é a introdução do cadastro biométrico obrigatório.
Essa inovação tem como objetivo aumentar a segurança e a transparência no processo de concessão do benefício, a fim de evitar que pessoas que não têm direito ao auxílio recebam o pagamento indevido.
O cadastro biométrico será realizado por meio da coleta de dados pessoais dos beneficiários, incluindo impressões digitais, reconhecimento facial e outras informações que permitirão confirmar a identidade dos solicitantes.
Dessa forma, todos os beneficiários do BPC serão obrigados a realizar o cadastro biométrico para que o benefício continue sendo pago.
Para isso, os beneficiários poderão realizar o cadastro em unidades do INSS, nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e em outros locais autorizados.
A previsão é de que mais de cinco milhões de pessoas passem pelo processo de transição para o novo sistema.
É importante ressaltar que, em virtude de dificuldades de locomoção ou em função da localização de alguns beneficiários em áreas mais distantes, o governo oferecerá suporte adicional.
Entre as alternativas previstas, estão prazos estendidos para que as pessoas possam realizar o cadastro e até mesmo visitas domiciliares, caso necessário.
A expectativa do governo é de que essas medidas contribuam para a redução de fraudes, podendo gerar uma economia significativa, com estimativas apontando que mais de R$ 500 milhões por ano possam ser poupados com a eliminação de pagamentos indevidos.
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Outro aspecto relevante das mudanças no BPC diz respeito à atualização obrigatória do Cadastro Único, o CadÚnico, que será realizada a cada dois anos.
Antes, a atualização ocorria a cada quatro anos, mas com a nova medida, a periodicidade foi reduzida a fim de garantir maior precisão nas informações utilizadas para o pagamento do benefício.
Esse cadastro é um dos principais instrumentos para verificar a elegibilidade dos beneficiários, já que nele estão registrados dados como a renda, a composição familiar e outras condições socioeconômicas.
A medida visa tornar mais eficiente a identificação de mudanças na situação das famílias e indivíduos que recebem o benefício, de modo que o auxílio chegue, de fato, a quem mais precisa.
Para que não haja interrupção no pagamento do BPC, as famílias deverão se atentar ao prazo para realizar a atualização do cadastro.
Caso não o façam dentro do tempo estipulado, o benefício poderá ser suspenso. Para evitar esse tipo de problema, o governo garantirá uma notificação prévia com 90 dias de antecedência, informando sobre a necessidade de atualização.
A atualização do CadÚnico, dessa forma, se torna uma etapa fundamental para a continuidade do recebimento do BPC, sendo um fator de transparência e controle do programa.
Além disso, a mudança na periodicidade de atualização permitirá que o governo detecte mais rapidamente alterações nas condições socioeconômicas dos beneficiários, ajustando o auxílio de acordo com a realidade de cada família.
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As pessoas com deficiência também enfrentarão alterações significativas no processo de concessão do BPC.
Com a finalidade de garantir que apenas as pessoas com deficiência moderada ou grave recebam o benefício, será necessário passar por uma avaliação médica realizada pela perícia médica federal, além de uma análise social conduzida pelo INSS.
O objetivo dessa avaliação é determinar o grau de impedimento que a pessoa enfrenta, seja ele físico, mental ou sensorial, que possa comprometer sua plena participação na sociedade.
O governo espera, com essas avaliações, garantir que os recursos do programa sejam usados de maneira mais eficaz, atendendo àqueles que realmente precisam do benefício.
A análise será digitalizada para que o processo seja mais ágil, permitindo uma redução do tempo de espera e aumentando a eficiência na análise dos casos.
Essa mudança visa melhorar a qualidade do atendimento e tornar o processo mais transparente, de modo que a concessão do benefício seja mais justa.
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Com todas essas modificações, o BPC/Loas passará por um processo de modernização que busca torná-lo mais eficiente, transparente e seguro.
As mudanças visam garantir que o benefício seja direcionado às pessoas que realmente necessitam, evitando fraudes e assegurando que os recursos públicos sejam bem aplicados.
Contudo, é fundamental que os beneficiários se mantenham atentos às novas regras, como a exigência de cadastro biométrico e a atualização do Cadastro Único, para não correr o risco de perder o benefício.
Essas alterações têm como propósito melhorar a assistência social no Brasil, assegurando que os mais vulneráveis recebam o auxílio necessário.
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