O contingente inicial está localizado em 200 cidades de 14 estados pertencentes às regiões Nordeste, Centro-Oeste, Norte e Sudeste do Brasil.
Antonio Oliveira Publicado em 29/07/2024, às 06h00
Depois de recuar na intenção de importar arroz em meio à crise climática no Rio Grande do Sul, o governo federal divulgou, no Plano Safra da Agricultura Familiar 2024/2025, medidas para incentivar o plantio de arroz pelo país.
O objetivo é estimular a 10 mil famílias produtoras a aprimorarem o cultivo. O contingente inicial está localizado em 200 cidades de 14 estados pertencentes às regiões Nordeste, Centro-Oeste, Norte e Sudeste do Brasil.
Queremos garantir o abastecimento de pequenos varejistas de periferia", argumenta Edegar Pretto, presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Batizado de Arroz da Gente, o programa prevê ações de fomento como crédito com juros menores, assistência técnica e garantia de comercialização.
A ideia é também agilizar o acesso a tecnologias de máquinas, colheitadeiras e silos secadores de pequeno porte. A proposta inclui ainda a distribuição de sementes e o incentivo ao uso de cultivares tradicionais.
Para escoar a produção, a Conab aposta no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e nos contratos de opção de venda, em elaboração pelo Ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa).
O arroz tem complexidade maior porque temos problemas no mundo", destaca Pretto, citando a diminuição de estoques pelo mundo, a partir da decisão da Índia de restringir suas exportações.
As medidas devem ser desenvolvidas nos estados do Maranhão, Alagoas, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Sergipe, Ceará, Bahia, Pará, Rondônia, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais.
Dentro do plano, o governo prevê a elaboração de um diagnóstico da produção de arroz, feijão e mandioca, além de um sistema de informações da produção da agricultura familiar, povos indígenas, povos e comunidades tradicionais.
Os arrozeiros gaúchos são responsáveis por praticamente 70% do arroz consumido no Brasil. O cultivo comercial do cereal é predominantemente irrigado, extensivo e feito por médios e grandes produtores da Metade Sul do estado.
De acordo com o presidente da Conab, a Embrapa já tem variedades de arroz adaptadas para produção nas regiões Nordeste e Centro-Oeste e vai produzir cultivares para as demais regiões.
É muito arriscado termos o principal produto dependendo de um único Estado. Não é para tirar protagonismo do Rio Grande do Sul, mas uma necessidade", destaca Pretto.
O tema, de acordo com ele, foi discutido com a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz). E tem, nos altos custos logísticos e nos preços de venda ao consumidor do Norte e do Nordeste, uma das justificativas.
Na nossa visão, o mercado só vai se potencializar, não diminuir", afirma Pretto, que faz ressalva à concentração da produção em um território.
No Brasil, os estoques de passagem (sobre entre as safras) são de 400 mil toneladas. "É uma margem muito apertada ente o que se produz e consome", conclui.
O cultivo de arroz no Braisl é concentrado principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O Rio Grande do Sul é o maior produtor, usando sistemas de irriação. O arroz é um alimento básico, crucial para a segurança alimentar do país, sendo cultivado em grande escala e abastecendo o mercado interno.
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