INFLAÇÃO

Chuva no RS e o impacto iminente na economia; alimentos vão subir muito?

Antonio Oliveira Publicado em 29/05/2024, às 01h00

Chuva no RS e o impacto iminente na economia; alimentos vão subir muito? - Divulgação

O impacto das chuvas no Rio Grande do Sul pode ser ainda maior e afetar em outras esferas da sociedade. O presidente do Banco Central, Roberto Campos, afirmou que a inflação brasileira pode subir com o aumento dos alimentos, por conta dos efeitos das chuvas que atingiram parte do estado gaúcho e também por outras questões.

Em uma palestra no X Seminário Anual de Política Monetária, oferecido pela Fundação Getúlio Vargas, Campos Neto destacou ainda que as expectativas de inflação têm aumentado e ressaltou o cenário fiscal, o ambiente externo e a credibilidade do BC como fatores que podem explicar essa desancoragem.

O presidente do Banco Central (BC) entendeu esse movimento como "notícia ruim", e afirmou que o banco "olha muito no detalhe os dados na margem" da inflação no país.

De acordo com ele, a autoridade monetária também tem acompanhado as projeções de cálculos de quanto custará a reconstrução do estado do Rio Grande do Sul, recordando que algumas contas vão até 2% do PIB.

"Isso tem influência fiscal na frente", disse.

Já em relação ao crescimento da atividade econômica brasileira, o presidente do BC afirmou que a expectativa do mercado é de aumento maior que a previsão feita pelo Banco Central.

Campos Neto falou ainda sobre a meta fiscal perto de zero, que faz pensar o que isso significa, criando um questionamento maior sobre a convergência. Ele também comentou sobre o histórico de taxas de juros reais no Brasil, destacando que teve uma melhora recente.

"A taxa de juros real está em menor do que foi no passado. [O juro real] Foi muito maior do que os emergentes por muito tempo, agora está praticamente colado. A gente vê que, ao longo do tempo, o Brasil tem sido capaz de navegar com taxas de juros reais um pouco mais baixas", disse Campos Neto, reforçando que o BC tem uma taxa neutra um pouco menor do que a estimada pelo mercado.

Ainda não há como dimensionar as implicações das chuvas em relação à economia, pois, por exemplo, o setor agrícola e indústrias de variados segmentos enfrentarão, por um certo período, obstáculos operacionais de todas as frentes, como a dificuldade em obter matérias-primas, o custo de armazenamento e logística, entre outras coisas, impondo, consequentemente, dificuldades a toda a cadeia de abastecimento nacional que dependem das cidades gaúchas para fazer a economia "girar".

Além disso, o estado do Rio Grande do Sul é um dos mais importantes do país em relação ao comércio exterior. Em 2023, ele alcançou a marca de US$ 22,3 bilhões em exportações para países como China, Estados Unidos, Argentina, México, Vietnã, Uruguai, Paraguai e também para a União Europeia.

Com isso, pela grande quantidade de países envolvidos nas negociações com o Rio Grande do Sul, as chances das chuvas em solo brasileiro afetarem a economia global são muito grandes, mesmo que seja algo mínimo em alguns desses países que buscam ou buscavam negociar com o Brasil em determinados produtos até a catástrofe atingir o país no ano de 2024.

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