Antonio Oliveira Publicado em 25/06/2024, às 16h00
Empresários e especialistas do mercado imobiliário continuam preocupados com a escassez de mão de obra na construção civil. As previsões indicam que, em dez anos, o país pode enfrentar um déficit significativo de trabalhadores, principalmente em canteiros de obras.
A sondagem da Construção da FGV, revelou que uma das principais dificuldades identificiadas por quase 30% das empresas entrevistadas foi a falta de mão de obra.
Atualmente, 2,8 milhões de pessoas são empregadas oficialmente no setor, uma redução de 12% em relação ao ano de 2010. O problema dee se agravar com a previsão de crescimento de 3% para este ano.
O envelhecimento dos funcionários é demonstrado por um estudo do SindusCon-SP realizado pela Autodoc. Em 2024, a idade média passará de 38 anos em 2016, para 41 anos. A média dos mestres de obras aumentou de 40 para 45 anos. Os oficiais têm 37 a 40 anos, e os engenheiros têm 30 a 37.
David Fratel, coordenador do Grupo de Trabalho de Recursos Humanos do SindusCon-SP, observa que os profissionais mais jovens carecem de renovação. A construção civil requer força física. Fratel afirma que a vitalidade já não é a mesma aos 40 anos.
A falta de mão de obra qualificada no Brasil é um desafio significativo que afeta diversos setores da economia. Este problema é multifacetado, abrangendo desde a escassez de trabalhadores com habilidades técnicas até a inadequação da formação acadêmica às necessidades do mercado.
1. Educação e Formação Profissional: Uma das principais causas é a deficiência no sistema educacional. Muitas instituições de ensino não preparam adequadamente os alunos para as demandas do mercado de trabalho, resultando uma falta de profissionais qualificados. As áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM) são particularmente afetadas, com poucos graduados em relação à demanda.
2. Mudanças Tecnológicas: A rápida evolução tecnológica também contribui para a escassez de mão de obra. Novas tecnologias exigem habilidades específicas que muitos trabalhadores não possuem. A adaptação às novas ferramentas e processos pode ser lenta, criando um descompasso entre a oferta e a demanda por profissionais capacitados.
3. Desigualdade regional: A distribuição desigual de oportunidades educacionais e de emprego entre as regiões brasileiras agrava a situação. Enquanto grandes centros urbanos como São Paulo e Rio de Janeiro atraem profissionais qualificados, regiões mais afastadas enfrentam dificuldades para atrair e reter talentos.
4. Baixos investimentos em capacitação: As empresas brasileiras, em geral, investem pouco na capacitação de seus funcionários. A falta de programas contínuos de treinamento e desenvolvimento profissional limita a capacidade dos trabalhadores de se atualizarem e se adaptarem às novas exigências do mercado.
A escassez de mão de obra qualificada tem diversos impactos negativos na economia brasileira:
1. Redução na produtividade: Empresas enfrentam dificuldades em preencher vagas críticas, o que reduz a produtividade e a eficiência operacional. Projetos podem ser atrasados ou comprometidos devido à falta de pessoal qualificado.
2. Aumento dos custos: Com a alta demanda e baixa oferta de profissionais qualificados, os salários tendem a aumentar, elevando os custos operacionais das empresas. Isso pode levar a uma redução na competitividade das empresas brasileiras no mercado global.
3. Estagnação da inovação: A falta de profissionais qualificados impede a inovação e o desenvolvimento de novas tecnologias. Sem inovação, as empresas não conseguem se destacar em um mercado cada vez mais competitivo.
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