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ALERTA GERAL para investimentos no Tesouro Direto, sacar com prejuízo para investir novamente? Entenda

Mesmo depois de entender esse funcionamento, ainda pode ficar a dúvida: o que fazer com o título comprado que não está dando lucro atualmente?

Antonio Oliveira Publicado em 15/07/2024, às 16h46

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ALERTA GERAL para investimentos no Tesouro Direto, sacar com prejuízo para investir novamente? Entenda - Reprodução
ALERTA GERAL para investimentos no Tesouro Direto, sacar com prejuízo para investir novamente? Entenda - Reprodução

Quem nunca se surpreendeu ao descobrir que a renda fixa, na verdade, não é tão fixa assim? Muitos investidores se assustam ao entrar no aplicativo do banco ou corretora e ver que tem um título do Tesouro Direto ou outro ativo de crédito está marcado com prejuízos. Isso acontece por causa da marcação a mercado.

Mesmo depois de entender esse funcionamento, ainda pode ficar a dúvida: o que fazer com o título comprado no passado que não está dando lucro atualmente?

Um dos principais pontos para se entender a marcação a mercado é saber que há diferentes tipos de renda fixa. São três modelos com mais destaque:

Pós-fixados

Os pós-fixados, que acompanham algum índice de mercado (os mais comuns são CDI e Selic). Você verá esses investimentos com uma notação como: 100% do CDI, CDI+3% ao ano, 97% do CDI.

Prefixados

Os prefixados, que já informam ao investidor, antes mesmo da compra do título, qual será o rendimento, por exemplo, 9% ao ano.

Híbridos

Os híbridos, que possuem uma parcela prefixada e uma pós-fixada. Geralmente, eles seguem algum índice de inflação (como o IPCA) na taxa pós-fixada, e oferecem uma rentabilidade prefixada além desse indicador. Você verá esses títulos com notações como: IPCA +5% ao ano, IPCA +6,5% ao ano.

A renda oferecida pelo emissor no momento em que o título é criado, não muda e será paga no final do contrato de renda fixa, mas o preço do título pode mudar até seu vencimento. Fica mais simples entender, usando como exemplos os títulos prefixados do Tesouro Direto.

Os títulos prefixados do Tesouro são desenhados de maneira a pagar, no vencimento, R$ 1000 por unidade.

Na data de 10 de julho de 2024, um título prefixado no Tesouro Direto com vencimento para 1º de janeiro de 2027, oferece a rentabilidade de 11,26% ao ano. Desta forma, o preço do título hoje é calculado a partir dessas duas varáveis: qual o valor que, atualizado por essa taxa para esse prazo, resulta em R$ 1000 no vencimento.

Esse valor (também considerando a mesma data) é de R$ 768,46. Ou seja: quem comprar esse título receberá, no vencimento, o valor de R$ 768,46 mais uma taxa de juros de 11,26% ao ano, o que resulta em R$ 1000 na data de vencimento.

Também é importante destacar que esses títulos sempre valem R$ 1000 por unidade, na data de vencimento. A taxa de 11,26% é calculada conforme o que o mercado pede diariamente, para esse prazo. 

Porém, as condições de mercado podem mudar. Vamos supor que daqui uma semana o mercado pede uma taxa mais alta para esse prazo, de 13%.

O título comprado nesta data valerá, no dia 1º de janeiro de 2027, os mesmos R$ 1000 acordados no momento da compra.

Mas se o investidor que comprou esse título hoje quiser vendê-lo na próxima semana, terá de ir para o chamado "mercado secundário", e vender seu título para outro investidor.

Na próxima semana, esse outro investidor está pedindo uma rentabilidade maior, de 13%. Esse "ajuste" necessário na taxa vem no preço do título, que termina se desvalorizando em relação ao preço pago na data de entrada.