A importação, fabricação, manipulação, comercialização e uso de produtos à base de fenol nos setores de saúde e estética foram temporariamente proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Diversos profissionais de saúde e estética são diretamente impactados por esta medida. O objetivo da decisão foi garantir a segurança dos pacientes.
A decisão divulgada na terça-feira restringe a utilização de produtos contendo fenol por laboratórios analíticos e de análises clínicas desde que estejam devidamente regularizados junto à Anvisa. A decisão foi tomada após um caso preocupante que acendeu discussões sobre o uso descontrolado de químicos após a morte de um empresário em uma clínica de estética em São Paulo.
O fenol costumava ser usado em peelings químicos para tratar a pele, mas a venda descontrolada, incluindo a venda online, resultou em problemas graves, como a morte ocorrida em junho. A resposta imediata da agência reguladora foi necessária para regularizar sua distribuição e elaboração, com o objetivo de reduzir as ameaças à saúde pública.
O Conselho Regional de Medicina de São Paulo e a Sociedade Brasileira de Dermatologia estão discutindo a proibição do uso do fenol. Assim, ambas as entidades se opuseram, argumentando que o fenol pode ser eficaz e seguro em tratamentos estéticos específicos sob supervisão de médicos especializados.
Por outro lado, Marco Fiaschetti afirmou que as associações representativas das farmácias de manipulação estão atentas à nova legislação da Anvisa. Essas farmácias são conhecidas por produzir formulações que muitas vezes não são comercializadas. No entanto, isso garante que a manipulação do fenol até então seguirá rigorosos critérios de segurança e eficácia garantidos.
Assim, a Anvisa afirma que ainda não houve estudos comprovados que demonstrem que o fenol é completamente seguro e eficaz para uso em procedimentos estéticos e de saúde.
A agência recomenda máxima atenção e informações detalhadas sobre os riscos associados diante dessa discrepância. Para garantir a segurança dos consumidores, os reguladores e os profissionais de saúde precisam conversar um com o outro.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é uma autarquia sob regime especial vinculada ao Ministério da Saúde no Brasil. Criada em 1999, a Anvisa tem como missão promover a proteção da saúde da população por meio do controle sanitário da produção e consumo de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, incluindo medicamentos, alimentos, cosméticos, saneantes e produtos de saúde.
A Anvisa desempenha um papel crucial na regulamentação e fiscalização de setores variados, assegurando que produtos e serviços atendam aos padrões de qualidade e segurança.
Entre suas atribuições estão a autorização para o funcionamento de empresas, o registro de produtos, a inspeção de estabelecimentos e a análise de riscos à saúde pública.
Além disso, a Anvisa atua na vigilância epidemiológica, no monitoramento de efeitos adversos e na promoção do uso racional de medicamentos.
A agência também é responsável pela regulamentação de pesquisas clínicas e pela aprovação de vacinas e tratamentos emergenciais, como visto durante a pandemia de Covid-19.
O trabalho da Anvisa é essencial para garantir que a população brasileira tenha acesso a produtos e serviços seguros, eficaze e de qualidade, contribuindo significativamente para a saúde pública e o bem-estar da sociedade.
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