A procura por esses tipos de cédulas especiais aumentou entre os colecionadores, especulando preços que podem chegar a R$ 5 mil.
Depois da decisão do Banco Central (BC) de tirar de circulação as notas da 1ª família do real, lançadas no ano de 1994, a procura por esses tipos de cédulas aumentou entre os colecionadores, especulando preços que podem chegar a R$ 5 mil.
O recolhimento será feito pelos próprios bancos: quando uma agência receber a nota através de algum tipo de operação de pagamento, depósito ou troca, ela não voltará mais à circulação e será substituída.
Porém, os valores entre o mundo numismático (estudo, coleção e pesquisa de moedas e notas) mudam de acordo com o estado de conservação do dinheiro. A mais cara é a chamada de "flor de estampa", aquela que ainda nem saiu do pacote ou nem foi dobrada.
De acordo com Ademir Fernandes, dono da Casa das Cédulas e colecionador, a nota de R$ 50 da família que está saindo de circulação e em perfeitas condições pode chegar a custar R$ 5900,00 em seu catálogo (registro que rege o mercado de colecionadores).
Mas, depende, já que "uma nota para um colecionador depois que foi dobrada perdeu o valor", disse.
Por isso, mesmo que a procura aumente, e quem não tinha antes se dispõe a colecioná-las, aquelas que estão saindo de circulação já são usadas - e, com isso, não custam tanto quanto especulam, disse Ademir.
As de R$ 2 e de R$ 10 são as mais procuradas, por serem as mais baratas no mercado, no valor inicial de R$ 12 cada uma.
Porém, outro fator que influencia no custo de cada cédula é a chancela, ou seja, a assinatura do ministro em função quando a nota foi produzida. Além do número de série presente na parte inferior do dinheiro, que muda de acordo com 100 mil fabricados.
Por isso, se o ministro ficou pouco tempo no cargo, a tiragem de cédulas com sua assinatura é menor e, com isso, a cédula fica mais rara e se valoriza.
O colecionador e profissional na área da Numismática, Rodrigo Pedroso, vende a nota de R$ 100 flor de estampa, com a assinatura do Ministro Rubens Ricupero, por R$ 550.
A de R$ 1 tem um modelo mais raro, de acordo com ele, custando R$ 300, com as letras BA no registro da série e as assinaturas de Pedro Malan ou Gustavo Loyola.
Dessa forma, o especialista afirma que uma coleção completa pode ser feita por R$ 800.
Porém, existem diferentes tipos de colecionadores. Enquanto alguns colecionam por série, ou seja, todas as notas de R$ 1 que foram produzidas (14 diferenciações), outros fazem isso por tipo de assinatura. Assim, o preço pode ir muito mais além do previsto.
Hoje em dia, as cédulas que serão recolhidas pelos bancos representam aproximadamente 3% do dinheiro em circulação. De acordo com o BC, ao todo, existem 7,6 bilhões de notas das duas famílias do real na economia.
Ao vender moedas e cédulas, é crucial verificar sua autenticidade e estado de conservação. Pesquise o valor de mercado para evitar subvalorização; use plataformas seguras e, se possível, venda para colecionadores reconhecidos.
Também é importante documentar a transação e guardar registros detalhados para se proteger contra fraudes.
LEIA TAMBÉM