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O Brasileiro está Endividado ou Inadimplente? Entenda a diferença.

A maior parte da população com nome restrito é de 41 a 60 anos, seguida pelas faixas etárias de 26 a 40 anos, acima de 60 anos e jovens de 18 a 25.

Antonio Oliveira Publicado em 10/06/2024, às 05h00

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O Brasileiro está Endividado ou Inadimplente? Entenda a diferença. - Reprodução
O Brasileiro está Endividado ou Inadimplente? Entenda a diferença. - Reprodução

Você sabe qual é a diferença entre ter dívidas e não pagar? Devido ao fato de que envolvem questões relacionadas ao dinheiro, suas implicações e consequências variam significativamente.

O último Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas divulgado em março pela Serasa indica que mais de 72 milhões de brasileiros estão em situação de renegociação ou inadimplência de dívidas. A maior parte da população com nome restrito é de 41 a 60 anos, seguida pelas faixas etárias de 26 a 40 anos, acima de 60 anos e jovens de 18 a 25 anos.

O professor do curso de Administração da Faculdade Anhanguera, Vinícius Ramello, enfatiza a distinção entre esses termos. Eles são completamente diferentes na vida real, embora pareçam semelhantes no conceito.

Explica: "Uma pessoa endividada é aquela que possui dívidas, como empréstimos ou financiamentos, mas está pagando as parcelas regularmente, enquanto uma pessoa inadimplente é aquela que deixa de cumprir com suas obrigações financeiras, não pagando suas dívidas dentro do prazo estipulado".

Ramello aponta algumas causas comuns de endividamento, como gastos excessivos, falta de planejamento financeiro e mudanças nas circunstâncias de trabalho ou renda.

Marlon Glaciano, um planejador financeiro e especialista em finanças, enfatiza que não pagar pode levar a juros adicionais, multas e até mesmo a negativação do nome nos órgãos de proteção ao crédito.

“É fundamental entender essa diferença para desenvolver estratégias adequadas, seja para ajudar o cliente a sair da inadimplência ou para prevenir que ele se torne”, afirma.

As consequências da inadimplência e como lidar com ela

Além dos efeitos financeiros, o professor destaca os efeitos emocionais do endividamento, que incluem sintomas como insônia, estresse e ansiedade, que podem prejudicar a saúde da pessoa.

Muitas pessoas têm dívidas e não conseguem dormir à noite por causa disso. Eles estão preocupados com o número de pagamentos pendentes e com o sentimento de estar presos a um ciclo interminável de dívidas. Portanto, a educação financeira e o controle de gastos são muito importantes hoje em dia para evitar problemas financeiros e vulnerabilidades emocionais mais graves.

Se alguém tem dívidas ou não paga suas dívidas, Glaciano afirma que é essencial que ele adote uma abordagem proativa para lidar com sua situação e evitar que seus problemas financeiros piorem.

"É fundamental fazer um levantamento abrangente de todas as dívidas, incluindo o valor total, taxas de juros, prazos de pagamento e estado atual. Esse levantamento ajuda a estabelecer uma visão clara da situação financeira e ajuda a priorizar as dívidas mais urgentes ou com taxas de juros mais altas."

Em seguida, o planejador diz que é melhor falar com os credores para encontrar condições de pagamento mais favoráveis. Além disso, é fundamental alterar o orçamento pessoal para reduzir despesas desnecessárias e aumentar a renda.

"Além disso, obter orientação profissional pode ajudar na criação de um plano de ação que funcione. É possível recuperar a saúde financeira e sair da inadimplência agindo de maneira disciplinada e organizada."

Como economizar dinheiro fazendo dívidas

O especialista em finanças destaca que adotar práticas financeiras prudentes é essencial para evitar a dívida e evitar a inadimplência.

"É fundamental fazer um planejamento financeiro detalhado antes de assumir qualquer dívida, avaliando sua capacidade de pagamento e considerando todas as despesas mensais. Um orçamento que inclua uma reserva para emergências pode ajudar a lidar com imprevistos sem comprometer o pagamento das dívidas."

Além disso, ele destaca a importância de manter um controle rigoroso sobre suas finanças pessoais, evitando gastos inúteis e priorizando o pagamento de dívidas, bem como estar ciente das melhores opções de crédito disponíveis no mercado.

Conclui dizendo que é possível se preparar adequadamente para uma dívida e reduzir o risco de inadimplência com essas práticas.