Cristiane Almeida, especialista da Brasis Contabilidade, aborda como organizar uma associação para o cumprimento das normas legais.
As fraudes ocupacionais são um desafio crescente para as associações, impactando diretamente suas receitas e a sustentabilidade de suas operações.
Um estudo recente revelou que, em média, essas organizações perdem cerca de 5% de suas receitas anuais devido a fraudes.
Com base nisso, a especialista Cristiane Almeida, da Brasis Contabilidade, oferece insights sobre como as associações podem se organizar para mitigar esse risco e garantir o cumprimento das normas legais.
O gerenciamento eficaz das finanças e das atividades diárias de uma associação exige um controle rigoroso e atenção aos detalhes. Uma falha nesse controle pode resultar em problemas graves, como a não conformidade com a legislação, o que representa um grande risco para a organização.
A ausência de um planejamento estruturado não só compromete a viabilidade das operações, como também pode gerar consequências legais, como processos trabalhistas.
De acordo com o estudo "Occupational Fraud 2022: A Report to the Nations", realizado pela Association of Certified Fraud Examiners (ACFE), as fraudes ocupacionais são responsáveis por uma perda média de 5% das receitas anuais das organizações.
Esse número reflete a falta de monitoramento adequado na execução de projetos e na mensuração dos resultados, expondo as associações a riscos financeiros significativos.
Cristiane Almeida, especialista em Gestão Empresarial e Planejamento Tributário, alerta que a desorganização financeira pode comprometer a estrutura de uma associação, levando a problemas operacionais graves.
“A sustentabilidade da associação está diretamente ligada à continuidade e estabilidade do trabalho. A desorganização compromete a estrutura, levando a consequências graves que podem tornar inviável o funcionamento da associação”, explica Almeida. Exemplos práticos dessa desorganização incluem atrasos no pagamento de salários, que podem resultar em processos trabalhistas prejudiciais à associação.
Diante desse cenário, é fundamental que as associações desenvolvam estratégias eficazes de controle financeiro. Cristiane Almeida recomenda a criação de projetos detalhados, com fontes de financiamento claras e despesas bem planejadas.
Além disso, a organização digital desses projetos, com o arquivamento adequado de documentos, facilita a prestação de contas e garante que todas as informações estejam disponíveis em caso de auditoria ou verificação legal.
Outro aspecto crucial para o bom funcionamento das associações é a adoção da transparência, tanto interna quanto externamente. Segundo Almeida, a consultoria contábil desempenha um papel fundamental nesse processo.
“A consultoria contábil pode auxiliar desde a construção do projeto, orientando sobre a melhor forma de contratação, até na elaboração de relatórios contábeis e prestação de contas de acordo com as normas”, reforça a especialista.
Optar por uma consultoria contábil pode ser a chave para melhorar a governança de uma associação. Um profissional contábil não só estrutura o setor financeiro, como também atua de forma preventiva, ajudando a criar uma reserva financeira para futuras ações.
“O envio de registros financeiros em conformidade com as normas do Terceiro Setor permite demonstrar os valores dos recursos utilizados e os que ainda serão aplicados”, destaca Almeida.
A organização financeira e o cumprimento das normas são essenciais para que as associações operem de forma sustentável e evitem contratempos.
Além disso, uma consultoria contábil se torna ainda mais necessária quando as organizações estabelecem parcerias com órgãos públicos, garantindo a transparência e a legalidade de suas operações.
Ao adotar essas práticas, as associações podem minimizar perdas com fraudes e garantir sua longevidade no setor.