Saiba as regras de saque, depósito e rendimento. Descubra as formas legais de usar o saldo, inclusive para comprar o primeiro imóvel com segurança.
O FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) faz parte do dia a dia de milhões de trabalhadores com carteira assinada. Em virtude de sua importância social e financeira, entender quem tem direito, como consultar, quando sacar e, sobretudo, como usar o dinheiro de forma inteligente é essencial — principalmente na compra do primeiro imóvel, objetivo de muitas famílias brasileiras.
Assim sendo, reunimos neste guia as 15 maneiras legais de utilizar o FGTS, além de checklists, exemplos e respostas para as dúvidas mais comuns.
Em outras palavras, o FGTS é uma poupança compulsória criada com o intuito de proteger o trabalhador celetista. Todos os meses, o empregador deposita um percentual do salário em uma conta na Caixa em nome do trabalhador. Com efeito, esse dinheiro não sai do salário do empregado: é um encargo patronal.
Por que surgiu? Historicamente, o fundo substituiu antigas regras de estabilidade no emprego e surgiu com a finalidade de dar segurança financeira em casos como demissão sem justa causa. Ao longo do tempo, a legislação evoluiu e ampliou as hipóteses de uso do saldo (por exemplo, saúde e habitação).
Regra geral: depósito de 8% do salário bruto mensal em conta vinculada no FGTS;
Aprendiz: 2%;
Empregado doméstico: há regras específicas, incluindo parcela que antecipa a multa rescisória;
Períodos especiais: mesmo em licença-maternidade/paternidade, férias, acidente de trabalho e algumas ausências remuneradas, o depósito costuma ser mantido (conforme legislação).
Dessa forma, o saldo cresce com as contribuições e com a remuneração do fundo (rendimento + atualização). Posto que os depósitos são obrigatórios, acompanhar é fundamental para que qualquer atraso seja resolvido rapidamente.
“Acompanhe o extrato pelo app do FGTS. Se houver falha no depósito, procure o RH e, persistindo o problema, busque orientação no MTE ou em um sindicato”, recomenda um gestor de DP.
Tem direito ao FGTS quem trabalha sob o regime da CLT (carteira assinada), incluindo trabalhadores urbanos e rurais, temporários, avulsos, safreiros, atletas profissionais e intermitentes, além de empregados domésticos (conforme regras atuais). Autônomos, estagiários e freelancers, por sua vez, não recebem FGTS porque não são celetistas.
Em síntese, a remuneração do FGTS combina:
Juros anuais (históricos de 3% a.a.);
Atualização monetária;
E distribuição de resultados do fundo (quando aplicável).
Visto que houve decisões judiciais importantes, o entendimento vigente assegura correção mínima compatível com a inflação medida pelo IPCA, sem retroatividade para saldos passados.
Em 2025, a expectativa prática é de rendimento mais próximo da poupança, embora a regra exata de remuneração envolva deliberações do Conselho Curador do FGTS. Seja como for, acompanhe seu extrato: o que importa é o saldo corrigido no seu nome.
Leia mais:
Desse modo, você tem três caminhos principais:
Analogamente, empresas utilizam o Conectividade Social para rotinas de FGTS (incluindo extrato para fins rescisórios).
A seguir, listamos 15 formas previstas em lei para que você utilize o saldo de maneira idêntica ao que a legislação permite. Contudo, detalhes operacionais podem variar por normas complementares; portanto, confira sempre as páginas oficiais da Caixa e leis municipais/estaduais quando houver interação local.
Exemplo: Contrato temporário acaba; trabalhador levanta o FGTS para segurar o orçamento.
Reduz saldo devedor ou liquida o contrato habitacional no SFH.
Exemplo: A cada 2 anos, João usa FGTS para abater a dívida e diminuir a parcela.
O FGTS pode ajudar na construção (em terreno próprio, com exigências técnicas) ou na utilização em consórcio de imóvel já contemplado, conforme normas da Caixa.
Exemplo: Família usa FGTS para concluir a obra da casa e apresenta notas e vistorias.
Acima de tudo, se o seu sonho é sair do aluguel, o FGTS é grande aliado. A seguir, um roteiro prático (e seguro) para que você use o saldo sem dor de cabeça:
“Antes de fechar negócio, leve tudo à Caixa ou ao banco do financiamento para validar a elegibilidade. Logo depois, você evita retrabalho e gasto extra”, orienta um gerente de crédito.
Dica: some FGTS + subsídios habitacionais (quando houver) para que a entrada fique mais leve.
Em síntese: usar o FGTS contra juros do financiamento é uma das melhores aplicações do saldo.
Conclusão: escolha conforme sua estabilidade no emprego e seus objetivos (casa própria? reserva?).
As empresas devem depositar corretamente todo mês. Em caso de atraso ou falta, a lei prevê multas e encargos. Enquanto isso, o trabalhador pode:
De conformidade com a legislação, regularizar rápido evita juros e problemas para todos.
Leia mais:
1) O FGTS é descontado do meu salário?
Não. É pago pelo empregador além do seu salário.
2) Posso sacar quando quiser?
Não. O saque ocorre em hipóteses previstas (demissão sem justa causa, habitação, calamidade, doenças graves, aposentadoria, 70+, etc.).
3) Quanto rende por mês?
Depende da remuneração anual (juros + atualização + distribuição de resultados). Decerto, hoje há piso de correção atrelado ao IPCA (sem retroativo). O importante é acompanhar o saldo corrigido.
4) Posso usar FGTS para quitar parcelas em atraso do financiamento?
Em regra, o FGTS serve para amortizar ou liquidar, mas há limites para atraso. Conforme a política do banco, pode haver regras específicas. Procure sua instituição.
5) Tenho outro imóvel na cidade. Posso usar o FGTS no novo?
Em princípio, não para compra no SFH (há restrições). Por outro lado, para amortização de financiamento em andamento, valem as regras de elegibilidade. Verifique caso a caso.
6) Consigo usar o FGTS com consórcio?
Sim, quando o consórcio estiver contemplado e em conformidade com as normas da Caixa.
7) Posso combinar FGTS com subsídios habitacionais?
Sim, desde que seu perfil se enquadre nos programas vigentes. Isso reduz a entrada e/ou a prestação.
Defina a meta (entrada do primeiro imóvel? amortização? reserva?).
Levante seu saldo (app/website).
Simule cenários (reduzir parcela x reduzir prazo).
Guarde documentos (pessoais, imóvel, contrato).
Confirme regras no banco/caixa e no cartório.
Crie um calendário (data para usar FGTS, prazos de amortização, revisões a cada 24 meses).
Monitore depósitos mensais e corrija atrasos junto ao empregador.
Assim você evita surpresas e usa o FGTS a seu favor.
Não tenho outro imóvel residencial urbano na cidade/região;
Trabalho com carteira há 3 anos somados;
Imóvel residencial urbano dentro dos limites do SFH;
Moro ou trabalho no município do imóvel;
Documentação minha e do imóvel ok;
Banco/caixa validou o uso do FGTS;
Planejei ITBI + cartório (não entram no FGTS);
Decidi se abato parcela ou reduzo prazo ao amortizar com FGTS.
O FGTS, por certo, não é investimento de alta rentabilidade, todavia é um instrumento social valioso que funciona como rede de proteção e acelerador de projetos, sobretudo o primeiro imóvel.
Nesse sentido, usar o saldo de maneira planejada — seja para entrada, amortização ou liquidação — encurta o caminho para sair do aluguel, reduz juros e traz tranquilidade ao orçamento familiar. Em suma, informação e organização fazem toda a diferença.
“Planeje antes, confira as regras e use o FGTS com propósito. O dinheiro do fundo pode ser a ponte entre o sonho e a chave na mão”, resume um correspondente habitacional.
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