Saiba tudo sobre a política fiscal brasileira em 2024 e o crescimento da arrecadação. Entenda as medidas e impactos para a economia nacional.
A política fiscal do Brasil tem mostrado um crescimento significativo, refletido no aumento da arrecadação federal em 2024.
Com uma expansão de 11,2% em novembro, em comparação com o mesmo mês de 2023, o país tem experimentado um cenário de atividade econômica aquecida, impulsionado principalmente por medidas legislativas do Executivo e pelo aumento no custo das importações.
Dessa forma, a arrecadação federal tem mostrado um avanço considerável, impactando diretamente as finanças públicas e, consequentemente, a economia.
A Receita Federal divulgou recentemente os dados sobre a arrecadação de novembro de 2024. No total, a arrecadação somou R$ 209,2 bilhões, com R$ 203,1 bilhões provenientes das administradas pela Receita Federal (RFB) e R$ 6,1 bilhões das administradas por outros órgãos.
Esse crescimento de 11,2% em relação ao ano anterior reflete, com efeito, a recuperação da economia brasileira, especialmente em áreas ligadas ao comércio exterior e setores estratégicos da economia.
Vale destacar que, entre as receitas administradas pela RFB, o Imposto de Importação e o IPI Vinculado tiveram um aumento considerável de 58,5%.
Esse aumento foi impulsionado pela desvalorização do câmbio, um fator que beneficiou a arrecadação dos tributos sobre importações.
Além disso, o crescimento das receitas do PIS e da Cofins também se deu em virtude de uma série de ajustes legais e econômicos, como a reoneração dos combustíveis, que impactaram positivamente os cofres públicos.
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As medidas legislativas propostas pelo Executivo em 2023 têm sido fundamentais para o aumento da arrecadação. A reoneração dos combustíveis, por exemplo, teve um impacto direto nas receitas de PIS/Cofins, que subiram 17,7% e 19,6%, respectivamente.
De tal forma que, além de fortalecer o caixa do governo, essas alterações também ajudaram a equilibrar as finanças públicas, trazendo mais previsibilidade para o orçamento federal.
Por outro lado, a tributação de fundos fechados e a atualização de bens e direitos no exterior também geraram um aumento considerável na arrecadação.
O IRPF, por exemplo, viu um crescimento de 16,4% devido à atualização das declarações de bens e direitos no exterior. Como resultado, esses ajustes, além de terem gerado aumento nas receitas, também contribuíram para a redução das desigualdades tributárias.
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Até o mês de novembro de 2024, a arrecadação federal acumulou R$ 2.391,4 bilhões, com crescimento real de 9,82% em relação ao mesmo período de 2023.
O avanço foi, em grande parte, impulsionado pelo aumento das receitas administradas pela Receita Federal, que subiram 9,9%.
Esse aumento reflete, principalmente, o impacto das mudanças na legislação fiscal, que favoreceram o aumento de tributos como o IPI, o PIS e a Cofins.
No entanto, é importante notar que, se excluirmos fatores extraordinários, como a tributação dos fundos exclusivos e a atualização de bens e direitos no exterior, o aumento real das receitas seria de 7,7%.
Esses fatores, embora com impacto positivo nas finanças públicas, representam um fenômeno atípico e, por consequência, não são sustentáveis a longo prazo.
Dessa forma, o governo precisará adotar outras estratégias para manter a arrecadação em crescimento nos próximos anos.
Com efeito, a política fiscal do Brasil está em constante evolução. O aumento da arrecadação e a adoção de medidas que visam melhorar a distribuição de recursos são essenciais para o desenvolvimento do país.
As reformas fiscais, como a tributação de fundos fechados e a reoneração dos combustíveis, têm sido passos importantes para melhorar a eficiência da arrecadação, com o intuito de reduzir a desigualdade fiscal e aumentar a transparência na gestão pública.
Contudo, os desafios ainda são grandes. A sustentabilidade fiscal do país depende não apenas do crescimento das receitas, mas também da capacidade do governo de administrar a dívida pública e garantir que as reformas tributárias sejam implementadas de forma eficiente.
Nesse sentido, o governo precisará adotar medidas que visem o equilíbrio fiscal a longo prazo, sem prejudicar o crescimento econômico e a justiça social.
A política fiscal do Brasil tem mostrado um avanço considerável em 2024, com crescimento na arrecadação e medidas legislativas que beneficiaram as finanças públicas.
No entanto, é fundamental que o governo continue a trabalhar para aprimorar a gestão fiscal, a fim de garantir a estabilidade econômica e social no futuro.
A sustentabilidade fiscal, juntamente com o fortalecimento das instituições e a reforma tributária, será essencial para o desenvolvimento do Brasil nos próximos anos
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